Já te aconteceu de acordar no meio da noite e não conseguir se mexer? Entenda
- Dyógenys Meneses
- 20 de jan. de 2017
- 2 min de leitura
Imagine acordar no meio da noite e perceber que você não pode mover nenhum músculo ou falar. Isso é comum e tem causas que muitos nem imaginam.

A paralisia do sono é um estado em que o indivíduo é mergulhado quando os músculos e o cérebro ficam fora de sincronia durante o sono, e a pessoa acorda durante a fase REM (de movimentos rápidos dos olhos), que é a fase em que os sonhos são mais comuns e em que são liberadas duas substâncias, GABA e glicina, que paralisam os músculos. Em consequência, a pessoa fica consciente antes do corpo "despertar" do sono, daí a paralisia - as pessoas não podem se mexer, não podem nem chamar por socorro.
Parece coisa de filme de terror, não é mesmo? Algumas pessoas durante esta experiência sofrem alucinações, sensação de que estão sendo observadas por uma entidade malevolente (isso ocorre porque o cérebro entra em um estado excessivamente vigilante e espera um ataque), sensação de falta de ar (às vezes até a sensação de que algo sobre seu peito, a tal presença malévola, é que está a sufocá-lo), sensação de que estão morrendo, caindo, flutuando ou até mesmo sensação de terem abandonado o corpo.
Não é à toa que alguns cientistas acreditam que a #paralisia do sono pode ser uma explicação para os relatos de abduções alienígenas (sabe aquelas histórias em que o sujeito está quieto na cama e, de repente, se sente paralisado e é sequestrado por ETs para ser cobaia de experiências aterrorizantes?) ou de encontros com seres sobrenaturais, como fantasmas, por exemplo.
Entre os fatores associados por pesquisadores a um aumento do risco de paralisia do sono, encontram-se: stress, uso excessivo de substâncias estimulantes, hábitos de sono irregulares, insônia, privação de sono, certos remédios e cansaço físico. Dormir de barriga para cima também aumenta o risco de vivenciar uma experiência de paralisia do sono.
As estimativas apontam que grande porcentagem da população mundial já sofreu esta terrível experiência, que pode durar alguns instantes ou até por volta de 5 minutos, variam radicalmente, dependendo da metodologia empregada e, provavelmente, da população pesquisada, de 5% a 60%. Algumas pessoas sofrem episódios frequentes, há quem nunca passou pela aterrorizante experiência e outros passaram apenas algumas vezes.
Uma boa notícia é que, apesar de ser uma experiência verdadeiramente assustadora, ela é inofensiva. Os pesquisadores acreditam também que saber o que está se passando e entender que não se trata de algum acontecimento sobrenatural - ou de natureza alienígena - pode ajudar a tranquilizar a pessoa durante um episódio do problema. Como dizem por aí, conhecimento é poder.
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